Recentemente, Sheikh Mohammed bin Rashid, Vice-Presidente de Dubai, anunciou um investimento significativo de Dh150 milhões (cerca de $40,8 milhões) para apoiar criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Essa medida é parte do compromisso de Dubai em impulsionar talentos criativos, fortalecendo a presença global dos Emirados Árabes Unidos (EAU) nas mídias digitais. A iniciativa ganha destaque após o 1 Billion Followers Summit, que reuniu influenciadores globais em Dubai.
As tendências globais apontam que a indústria de marketing de influenciadores está projetada para atingir cerca de $22,2 bilhões até 2025, com 63% das marcas planejando incorporar inteligência artificial (IA) em suas campanhas. Essa transformação indica a crescente eficácia do marketing de influenciadores, conforme evidenciado pelos 85% dos entrevistados que o consideram uma forma efetiva de marketing.
No Brasil, o cenário de marketing de afiliados está em expansão, impulsionado pelo crescimento significativo de usuários em redes sociais, com projeção de aumento de 15% até 2027. O WhatsApp continua sendo a plataforma dominante, enquanto o TikTok, com aproximadamente 62 milhões de usuários ativos no país até agosto de 2022, lidera as preferências na América Latina.
Destaca-se que, embora o TikTok tenha foco em audiências mais abastadas, seu concorrente chinês, Kwai, direciona-se estrategicamente a trabalhadores de colarinho azul e populações de menor renda, alcançando sucesso viral recente. Enquanto o TikTok permanece como a principal plataforma de marketing de influenciadores, abrangendo 69% das marcas que utilizam essa estratégia, o Instagram (47%), YouTube (33%) e Facebook (28%) continuam sendo relevantes, revelando um cenário diversificado.
A influência global do TikTok é respaldada por comportamentos de usuários, conforme destacado em um relatório de 2023. Os usuários são 1,8 vezes mais propensos a concordar que o TikTok os introduz a novos tópicos.
Na contra-mão desta maré de otimismo, deve-se acompanhar com atenção aqui no Brasil, a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta para proibir influenciadores de redes sociais de endossar plataformas de jogos de azar não regulamentadas. Liderada pelos Deputados Federais Fred Linhares e Ricardo Ayres, a proposta visa conter o que descrevem como “divulgação irresponsável de empresas de apostas por influenciadores”. Caso se torne lei, os influenciadores serão proibidos de promover atividades de jogos de azar com operadores não licenciados através de vídeos, histórias ou qualquer outra forma de mídia online. Além disso, deverão indicar claramente a natureza comercial de seu conteúdo publicitário, e qualquer conteúdo relacionado a jogos de azar deve divulgar a fonte de financiamento por trás das atividades de apostas.
Como evidenciado anteriormente, embora o Brasil tenha um grande potencial na América do Sul, ainda está explorando territórios desconhecidos no cenário de influenciadores, sem limites legais ou incentivos definidos de forma clara para impulsionar o setor.
No contexto do marketing de afiliados, observamos uma tendência crescente em parcerias entre micro e médios influenciadores e marcas. Essa movimentação visa alcançar maior presença digital e impulsionar o desempenho com influenciadores mais próximos à realidade dos consumidores brasileiros.
Nossa recomendação para marcas e lojas neste ano é que desenvolvam estratégias focadas em fortalecer os relacionamentos com influenciadores de médio e pequeno porte, relevantes para seus segmentos de atuação. Se você é um afiliado influenciador, o primeiro passo é criar um pequeno “media kit”, apresentando seu trabalho e alcance dentro do seu círculo social. Em seguida, inicie o envio de e-mails e contate equipes de marketing de marcas e gestores de redes de afiliados. No entanto, não restrinja-se apenas a aceitar parcerias em troca de produtos. Muitas marcas e redes, no início de uma colaboração com influenciadores, estão mais abertas a realizar testes em troca de pagamento de comissão CPA.